segunda-feira, fevereiro 23, 2009

On hold..

momento melancólico... a vida parece parada, pequena, estranha e quase não minha..
O sonho pertence-me, existe, mas como não é apenas um mas muitos, acaba por não cair em realidade alguma e manter-se apenas como quimera ao largo..
Não sei... estou confusa, o meu pensamento é adolescente nos percursos e decisões.. e o pior é que no saldo final, acabo por me manter num caminho sem rumo mas ao mesmo tempo muito bem definido.. com um final praticamente escrito por uma mistura das minhas escolhas e da sociedade do costume..

às vezes penso que deveria parar para pensar, reflectir no que quero realmente e no que não quero, sem deixar que o correr do tempo me leve para longe dos sonhos recorrentes..

O pior é que vou sentindo que encaixo.. que tenho sonhos suficientes em número e diversidade para me adaptar "feliz" a quase todas as realidades.. e isto confunde-me ainda mais... afinal, os sonhos são o quê??

E pronto.. mais um desabafo inconclusivo... o problema é que não sou nem artista nem rigorosa, nem inteligente nem burra... o meu grande problema acho que será assumir que sou mediana em tudo.. Que sou normal, como os outros.. uma mistura constante de competência e incompetência, perspicácia e lerdeza, cultura e analfabetismo..

Se houver respostas pelo mundo..

Surfing sul Facebook

It's amazing..
I really need daily internet access... I promess I'll do that as soon as I get home...

Why?!?!
Because Lu misses knowing the whereabouts of 20000 people she knows/ cares for / loves all over the world.

That and blogging more often.. and writing and speaking to people..

Tired of having them stopped in my heart.

domingo, fevereiro 15, 2009

Tropeçando em vidas

Eu sou pessoa de olhar à volta, procurar pormenores, gosto de entrar numa casa e descobrir os livros, as cartas, as imagens, as vistas e os sons que fazem parte do espaço e das vidas dali.

Estes dias, um apartamento diferente, um lugar com estantes e livros por todo o lado, o francês é uma constante, as janelas amplas, as paredes com a tinta gasta pelas histórias já vividas, as cadeiras de baloiço e a luz cansada que ilumina as mesas de madeira.. ao fundo, um piano no escuro.. desafinado.

Nada importante.. mas eu gosto dessa ligação inevitável que se estabelece entre o morador (presente ou falecido) e o visitante atento e insuspeito.

Silêncios..

Estou longe do lugar de sempre, num ambiente diferente e quase sem ninguém por perto..

Durante a viagem tinha pensado.. no que deveria calar, no que deveria apenas ouvir sem insistir em dar a minha opinião..

A surpresa foi que o pensamento não era necessário, quando cheguei houve uma calma quase triste que sem me dar conta me levou a um silêncio atípico..

E tenho ficado quieta, calada, sem exprimir a bagunça do costume..

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