Distância de Segurança
Ela existe... aquela distância mínima que estudamos tantas vezes e que nos diz até que ponto nos podemos aproximar sem ofender ou ameaçar o outro.
Gosto de prestar atenção a essas distâncias, ao caminhar conjunto e compassado de estranhos que passam na rua e, observar que é mantida (in)conscientemente uma barreira, um certo número quase exacto de paralelos, entre eles.
O mesmo sucede numa reunião ou na biblioteca, em que todos olhamos à volta tentando conseguir paradoxalmente uma aproximação sem deixar escapar a nossa identidade.
Mais do que isto adoro perceber em relações de amizade, o ultrapassar e vencer destas "bolhinhas de actimel" sem se ser considerado intruso ou indesejável.. gosto de reparar sem querer um dia que não incomoda o aproximar quase vertiginoso desta ou aquela pessoa que entretanto foi sendo admitida ao nosso universo pessoal.
É engraçado perceber que há um momento em que, qualquer contacto (ou quase) se torna natural numa relação agora construída em que ambos estudam o limite do pode ser.
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